Passando o bastão

Um adolescente passa, normalmente, três anos no ensino médio. Já um jovem universitário, de quatro a seis anos na graduação.

Embora nossa caminhada com Cristo seja para a vida toda, o tempo como estudante missionário é muito curto. A cada ano, estudantes ingressam e se formam, e os grupos locais e núcleos nas escolas e faculdades têm o desafio de formar novos líderes.

Podemos olhar para este cenário com medo constante e receio de que o grupo possa não mais existir em pouco tempo! Porém sabemos que a missão é do Senhor e que em sua palavra recebemos muitas instruções, fundamentais para nossa formação cristã.

A assessora da Região Sul, Manuela Gonçalves, retoma o próprio exemplo de Jesus, ao chamar e caminhar com seus discípulos:

“No processo de mudança de liderança é muito importante que o grupo entenda que, apesar de não ser fácil, é necessário e saudável que isso aconteça. Ao entrarmos na liderança já precisamos tentar identificar quem será o próximo líder e começar a discipulá-lo.
Compartilho uma citação de John Wimber e Kevin Springer: ‘Jesus nos ensinou: Ele chamou seus discípulos (que como nós, estavam longe de serem perfeitos), depois mostrou, falou, enviou e supervisionou). Ele os levava junto consigo, ensinava-os e curava os enfermos a medida que eles o seguiam. Então, depois de considerar que os discípulos já haviam visto e aprendido o suficiente para praticar por si mesmos, ele os chamava, revestia-os de poder, instruía e os enviava para fazer as mesmas coisas (Mt 10.1,5-8). O resultado do treinamento dado por Jesus aos discípulos são vistos claramente no livro de Atos’.

Assim como Jesus, precisamos chamar as pessoas para que conheçam o trabalho e sejam acompanhadas. Depois façam elas mesmas, com supervisão, então assumam e comecem a chamar outras pessoas, reiniciando novamente o ciclo.”

Charles Polizelli, estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina (PR), deixou há algumas semanas a liderança de seu grupo. Ele compartilha o que foi realmente importante neste período de transição:

“O aprendizado consiste em conhecer e saber lidar com cada pessoa, com as características de cada líder. O momento de transição é tempo de rever o que aconteceu e o que pode ser melhorado. É legal aprender com os erros que ocorreram, para que pela experiência, possamos agir de outra forma.

Em minha opinião, aqui em Londrina, este período tem caminhado muito bem, pois eu (que deixei recentemente a liderança), o Daniel (que assumiu agora) e o André (de quem recebi a liderança) somos muito amigos e sempre procuramos conviver juntos”.

Em Blumenau (SC) o grupo também vive o processo de mudança de liderança. Eles têm pensado em alguns instrumentos para agregar novos cristãos, para que nos próximos anos, o grupo se renove e continue ativo.

“O grupo da ABU de Blumenau está com metade de formandos e metade que estão em meio ao curso ou iniciando. Um de nossos maiores desafios no momento é deixar uma equipe que prossiga com o trabalho, pois são poucos os novos cristãos que tem se envolvido.

Desenvolvemos um jornal, o “Papo de amigos”. Seu intuito é também evangelizar, porém na primeira edição o nosso foco foi divulgar a ABU nos próprios núcleos de EBI’s e nas nossas comunidades. Esperamos que este material auxilie a agregar novos cristãos para a missão estudantil”, nos conta Jéssica Kelly Ribeiro estudante de Nutrição da Universidade Regional de Blumenau.

 

 

Vamos interceder por este importante período nos grupos locais! Que Deus dê sabedoria para os nossos jovens líderes – tanto aqueles que têm o papel de formar “novos discípulos”, quanto aqueles que acabaram de receber o papel de liderar o grupo no próximo ano.

Acrescentamos o pedido de Charles, uma necessidade não só de Londrina, mas de todos os grupos no Brasil:

“Seria bom orarmos para que o grupo se adapte ao novo líder. E para que o novo líder possa ter sabedoria em continuar com os projetos existentes e auxiliar na criação de novos projetos para a edificação e crescimento do grupo. Vamos orar também para que os estudantes possam ser preparados na palavra de Cristo, comunicando sempre seu evangelho. E que continuemos a nos preparar, para que a cada ano, levante novos estudantes, que darão continuidade ao movimento”.

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