Encontro de Formação de Obreiros: semelhanças e experiências

A cada três anos a equipe regional da América Latina da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (IFES, na sigla em inglês) organiza um Encontro de Formação de Obreiros (EFO) para capacitar os novos trabalhadores dos movimentos estudantis nacionais. Em fevereiro deste ano de 2020, Heitor Barboza, assessor na região Minas Gerais, e Rui Lima, assessor em acompanhamento para a região Norte, estiveram no encontro. Além deles, Sarah Nigri, nossa secretária geral, serviu com conteúdo no evento por alguns dias. (Veja os três na foto abaixo)

“O evento tem duração de quatro semanas e em 2020 ocorreu na Colômbia”, conta Heitor. “O EFO teve como tema ‘Evangelho do Reino’. Foi mais do que um mês de treinamento para os obreiros e obreiras, mas um tempo de convivência, compartilhar de experiências, reflexão, crescimento e exercício prático do trabalho missionário nos campi estudantis”, adiciona Rui.

Eles contam que na primeira semana o foco era entender como a Bíblia traz os conceitos de “evangelho” e “Reino”, com estudos panorâmicos. Já na segunda, puderam concentrar-se mais em temas contextuais do ambiente universitário da América Latina com textos de Atos. A terceira semana, no entanto, foi de parte prática!

“Os obreiros foram divididos em grupos e enviados para diferentes cidades da Colômbia com iniciativas estudantis, algumas mais consolidadas, outras pioneiras”, explica Heitor. “O meu grupo foi para Medellín. O mais interessante foi lidar diretamente com o contexto universitário. Como obreiros de campo no Brasil, diante do nosso modelo atual, o nosso trabalho é muito regional e, muitas vezes, distante do contexto local dos estudantes, o que é diferente da maior parte dos movimentos na América Latina. Então, foi muito interessante dialogar diretamente com estudantes, desenvolver ações práticas diretas dentro das universidades. Esse já foi meu cotidiano como estudante, mas foi precioso voltar a essas atividades enquanto obreiro.”

Já Rui foi encorajado na diversidade: “Foi muito importante notar que podemos e devemos usar da criatividade para criar novas e interessantes maneiras de comunicar as verdades do Reino de Deus. A graça do Senhor usa diferentes pessoas, com suas diferentes vidas, para criar ferramentas que podem ser usadas para o anúncio da boa nova do evangelho”.

Depois da prática, os obreiros retornaram para o encontro abordando temas mais pessoais e estudando os Salmos. “Foi um tempo de avaliação e planejamento para o futuro, além de exame pessoal e ministerial”, conta Rui.

A bagagem que retornou para o Brasil: semelhanças e experiência

Mas o que Heitor e Rui trouxeram de volta na mala para seus ministérios estudantis? Rui compartilha que percebeu a identificação e conexão entre os movimentos missionários de diferentes países. “As dores e desafios são muito semelhantes, [apesar de] alguns bastantes distintos. Mas a alegria em ver pessoas se achegando a Cristo, estudantes sendo discipulados, o evangelho do Reino sendo anunciado, entre outras coisas, é muito igual para todos nós. Saímos [do EFO] com muitos desafios, pessoais e ministeriais, e também muito animados para a missão.”

Já Heitor compartilha que a experiência estudantil continua ecoando dentro de si. “É a tensão entre ter um trabalho regional e ao mesmo tempo manter uma visão clara do contexto universitário brasileiro. Mesmo quando eu era estudante, já era uma tarefa difícil buscar as respostas adequadas para o meu contexto. Mesmo diante da experiência, essa tarefa não se torna mais fácil! Seguimos cada dia mais dependentes do Espírito Santo e de uma leitura cuidadosa, responsável e ampla do nosso ambiente de missão. Tenho buscado novas formas de estreitar meus laços com a universidade, seja através de novas leituras e estudos, de contatos mais próximos com estudantes e talvez de algumas práticas mais diretas em grupos locais.”

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