O que mais me surpreende na mensagem de Rebecca é a simplicidade! A minha impressão é que não há nada que ela tenha dito que eu já não tenha ouvido antes! Mas o que torna especial em sua mensagem é sensibilidade em ressaltar com clareza o que é essencial. Nestes poucos dias que a tenho ouvido, sinto um renovo em meu coração!
Na primeira (12/07) de suas quatro preleções sobre a comunicação do evangelho, Rebecca nos trouxe uma mensagem central no discipulado cristão: “Jesus Cristo morreu por nossos pecados e por meio deste sacrifício fomos perdoados”.
Sua abordagem me trouxe ares do primeiro amor, da mensagem básica sobre a vinda de Cristo e nosso relacionamento com Ele, mas que deve ser plenamente vivida e jamais esquecida! “Deus nunca pede de nós algo que ele mesmo não se dispôs a fazer”, é sua introdução sobre o desafio da obediência da vida cristã e do anúncio do evangelho que cremos ser relevante hoje!
“Será que Jesus de fato faz diferença em nossa vida? Sim, ele faz. Só Ele pode fazer alguma diferença para a humanidade. Ele é o único que pode transformar nossas vidas em um milagre. Mas para transformar, nós temos que enfrentar as nossas bagunças – ou seja, o desarranjo do pecado. De fato não podemos ser beneficiados pela cura até nos reconhecermos doentes”!
Generalizando o “errar é humano”, nossa sociedade não se reconhece pecadora e muito menos que é necessário arrepender-se. “Se pedíssemos para fazerem uma lista de todos os problemas da humanidade muitos seriam listados! Mas em nenhum momento interpretariam que a causa é o pecado!”
Para Rebecca o problema da negação do pecado infelizmente adentra as nossas igrejas e nos transforma em pessoas que na realidade negam o propósito da vinda de Cristo: “Muitos até podem dizer que tem problemas, mas tem medo de se admitirem pecadores. Têm medo de não parecerem espiritual. Parece pecado admitir que somos pecadores! Isso é sem sentido quando olhamos para a Cruz”!
Rebecca ressalta duas sentenças centrais sobre a morte de Cristo:
1) Jesus morreu e nós O crucificamos
2) Jesus morreu e fomos crucificados com ele.
Isso significa que nós somos responsáveis pela morte de Cristo. Nossos pecados colocaram Jesus na cruz. Porém “Deus está disposto a nos perdoar pela morte de Jesus. Haveria outro pecado que possamos cometer que é pior do que este?, questiona Rebecca, levando à plateia testemunhos de pessoas que conheceu, e que tiveram dificuldades em aceitar o amor de Deus.
E prossegue: “Jesus morreu e não há nada que façamos que não possa ser perdoado – menos o pecado de insistir de que não somos pecadores. E esse é o pecado da modernidade. O maior ato de amor de Cristo se torna desprezível, pois nos julgamos deuses e, portanto, sem necessidade de sermos perdoados”.
Pode parecer que a mensagem de Rebecca não tenha tanta ênfase na comunicação do evangelho. Mas o fato é que sua abordagem parte do princípio de que comunicar a mensagem do evangelho é vivermos aquilo que cremos! “Entender a necessidade de receber o sacrifício da cruz de Cristo se torna crucial ao compartilharmos nossa fé,” acentuou.
A cruz nos dá liberdade para amar a todos. A cruz nós torna iguais . Todo mundo tem o mesmo problema e todo mundo precisa da mesma solução. A maneira como olho para as pessoas tem que ser diferente. Preciso recebê-las, amá-las e não julgá-las!