Por Karen Aquino
No início de maio, em Brasília, foram empossados os novos conselheiros do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). A ABUB tem participado como membro do conselho desde 2008. Estaremos presentes em mais uma gestão que se inicia em 2012.
Primeiramente, pra quem não me conhece, sou da ABU Juiz de Fora, região Minas Gerais, participo do movimento desde 2009 e neste ano tenho o prazer de representar a ABUB no Conjuve. Participei desta reunião de posse, juntamente com Ana Elizabete Machado, da ABU Goiânia, também conselheira, representando a Rede FALE.
Já faz um tempo que tenho refletido sobre nossa missão no mundo. Participar da ABU, no grupo local, regional e agora como conselheira do Conjuve, me ajuda a afirmar que nosso envolvimento faz toda a diferença! Nossa missão se faz no cotidiano, onde vivemos, onde estamos. As pessoas ao nosso redor, ao nos questionar das coisas que fazemos, dos espaços que ocupamos, procuram entender quem nós somos e pelo que lutamos. Creio que por isso devemos nos envolver de maneira efetiva, ocupando lugares nos quais nossas atitudes promovam vida, a vida que temos em Cristo. Sempre me questionei se a participação social e política, em um sentido amplo, é válida ou até mesmo necessária. Hoje compreendo que esta participação além de importante é uma oportunidade de crescimento.
A partir desta primeira reunião do Conselho, percebi que nós jovens podemos sim contribuir para que nossa juventude usufrua de melhores condições de vida. Pude observar jovens de vários segmentos da sociedade, preocupados com a realidade de nosso país, da nossa juventude, com diversos interesses e posicionamentos diferenciados. Percebi que existe uma dificuldade na construção de propostas que atendam a todos, pois existe uma grande disputa política. Por isso, estar neste contexto é um grande desafio.
Confesso que muitas vezes vem à tona uma deseperança, talvez um pouco de medo de participar de espaços onde a disputa pelo poder se apresenta mais forte do que nosso profundo desejo pela mudança. Quando vivemos no anonimato não temos que nos posicionar, não temos que nos preocupar com o que acontece no nosso meio. Mas quando decidimos fazer algo, provavelmente seremos confrontados, basta isso para nos amedontrar; percebemos que somos pequenos diante das injustiças e da dificuldade de superá-las, nos angustiamos e temos medo de seguir acreditando que as coisas podem mudar.
Diante da nossa condição de seres humanos pecadores, isso é complemente aceitável. Mas Aquele que nunca nos deixou, sempre estará lá, lutando ao lado dos seus, dando a força e a coragem necessária para prosseguir.
É com esta coragem que convido vocês a se envolverem, onde quer que estejam. Que a nossa esperança em Cristo, nos motive a participar!
“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.”
Romanos 12:12