O documento final da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) não trouxe “o futuro que queremos” (como diz seu próprio título) para ONG’s e outros representantes da sociedade civil. Pelo contrário, trouxe preocupação sobre o futuro e evidenciou a dificuldade dos países em estabelecerem diálogos e serem solidários (leia a entrevista do pensador Edgar Morin e uma análise da ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva).
A ABUB e outras organizações evangélicas que compõem o coletivo “Igrejas Ecocidadãs” estiveram na Rio+20 com atividades autogestionadas na Cúpula dos Povos (evento paralelo) e como observadores na Conferência Oficial. E, mesmo com os resultados negativos do documento oficial, podemos avaliar que a participação trouxe ganhos reais para nós: nos unimos a outras organizações evangélicas, refletimos e avaliamos nossa atuação, enquanto igreja, pelo desenvolvimento sustentável e aprendemos com outras experiências. Uma boa notícia “palpável” foi a entrega ao ministro chefe da secretaria geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, de 400 cartões assinados da campanha Fale por um Mundo Justo e sustentável. As assinaturas foram colhidas durante mobilização na Cúpula dos Povos!
Os relatos de cada uma das atividades autogestionadas podem ser lidos no site das Igrejas Ecocidadãs. No blog do Fale também há uma análise sobre a Rio+20.
“Tratar temas globais atuais: como estudantes, unidos no corpo de Cristo, que respondem aos desafios contemporâneos a partir de uma perspectiva cristã” – é uma das seis prioridades do documento Pedras Vivas, da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicas. Creio que estamos diante de um desafio global!
Desenvolvimento Sustentável diz respeito a muita coisa! Estilo de vida simples, por exemplo! Como nós cristãos temos vivido? Que estilo de vida temos levado? Quais alternativas apresentamos ao nosso mundo, desconectado e omisso?
Acredito que a universidade deve ser espaço de avaliação crítica ao nosso atual modelo de desenvolvimento. Espero que nós, ABUB, possamos encorajar e amparar estudantes para que se reconheçam missionários e vivam, hoje e em suas futuras profissões, para um mundo mais justo.
Nos próximos Cursos de Férias estudaremos o livro de Tiago – e é famosa sua defesa por uma “fé com obras”. Minha oração é que possamos nos arrepender de nossos maus caminhos e que o Espírito Santo nos transforme, para que “assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o Pai de vocês que está nos céus,” Mt 5.16.