Uma questão que às vezes passa despercebida em nosso meio é essa: o uso de livros em PDF.
O nosso CF está chegando e com isso a procura por livros aumenta e, consequentemente, a disseminação do compartilhamento de livros em PDF, livros da ABU Editora. A nossa editora é sonhada desde 1962, quando tivemos incursão da ABUB no campo da literatura, em conjunto com a Edições Vida Nova, através da Junta Editorial Cristã. Mas somente em 1975 que a ABU Editora foi oficialmente estruturada.
Desde a sua criação a ABU Editora tem se preocupado em servir o Movimento, com a produção de livros que interessem principalmente o estudante. Sua linha editorial é essencialmente bíblica, e as obras traduzidas, tanto quanto possível, são despidas de resquícios culturais e linguísticos da língua de origem. Seu escopo, porém, é, antes de tudo, produzir literatura de qualidade, de autores nacionais. Mas tudo isso tem um alto custo, que é subsidiado pela venda dos livros ao próprios estudantes.
Esse é o problema. Tem sido “captado” nas redes sociais, grupos, páginas e emails de ABUenses, o incentivo ao uso deliberado de publicações de nossa Editora em forma digitalizada. ISSO NÃO PODE ACONTECER. E não apenas com as publicações de nossa editora.
Não podemos ser coniventes, nem incentivar o uso de livros em PDF. Todos sabemos, é útil, prático e não tem custo… Espere aí, não tem custo?
Ao menos não aparenta. Podemos pensar que o “compartilhar” não fazia mal, mas é muito mais prejudicial do que podemos imaginar. Grande parte dos problemas enfrentados por nossa querida Editora ABU é justamente por causa desse hábito dos próprios estudantes cristãos.
Esse ato viola os diretos autorais da Editora, inviabiliza a publicação de novas edições e atrapalha o desenvolvimento literário de qualidade em nosso país.
Recentemente a editora passou por sérios problemas financeiros e chegou-se a levantar a hipótese de ser fechada, declarando falência. Já pararam para pensar quem seria os responsáveis por isso? Nós também! Os próprios beneficiados. É muito incoerente se formos parar pra pensar.
Ela só não fechou, graças a uma parceria com a Editora Ultimato, que começou a distribuir nossas publicações. Glória a Deus por essa parceria, senão ninguem teria em mãos, nem nova edição de “Crer é também Pensar”, nem velha edição de nenhum livro com a marca do movimento, nossa marca.
É cristão da nossa parte apoiar o que é certo, ainda que tenhamos que pagar um preço pra isso.
Se conscientizem e façam o mesmo em seus grupos locais, assim como com as pessoas ao seu redor. Vamos plantar em nosso país a cultura de uma boa literatura. Uma literatura autossustentável. Isso também é missão integral.
