Ao lermos várias histórias da Bíblia e olharmos para nossa própria caminhada, podemos compreender que a perseverança é uma virtude essencial para o nosso crescimento.

Muitos estudantes, ao se sentirem chamados a testemunhar em suas universidades e escolas, enfrentam verdadeiros desafios que exigem o exercício de sua fé. Alguns se sentem muito sozinhos – estão fora de casa, não são bem recebidos e não há grupos de ABU em sua própria Universidade.

O testemunho da estudante Rebeca Piassa, é sobre um coração sincero e perseverante, que faz uma “proposta para Deus”, diante de um aparente vazio. Logo, ela recebe a resposta que esperava e é desafiada a colocar em prática o que crê.

“Cresci em um lar cristão. Sempre declarei o meu amor por Cristo e sentia prazer em servi-lo. Quando mudei para Frutal (MG) para fazer faculdade, senti-me um pouco perdida e sozinha. Isto me fez distanciar cada vez mais de Deus.

Em uma oração no acampamento de carnaval da Igreja a qual pertencia anteriormente, fui bem sincera com Deus a respeito de como seria nossa relação (ao menos era como eu pensava), pois eu tinha certeza que era um vaso nas mãos d’Ele. No entanto, sabia que o meu relacionamento com Deus estava frágil. Então, fiz uma proposta indecente pra Deus: Ele continuaria sendo meu Senhor, mas eu não o serviria até que terminasse a faculdade. Disse também que só não seria assim, se algo diferente acontecesse.

Voltei pra Frutal depois do carnaval, achando que tudo iria permanecer do jeito que estava. Mas meus amigos, que freqüentavam minha república toda semana, também foram para um acampamento e foram muito bem recebidos pelos jovens e me apresentaram à galera. Fui convidada pra participar de alguns grupos da igreja, e estava desconfiando de que Deus já estava respondendo minha oração, em menos de uma semana.

Foi quando um rapaz perguntou se eu conhecia a ABU. Disse que sim, mas que não sabia bem como funcionava”.

Rebeca foi convidada a participar de um treinamento em Uberaba (MG). Mesmo com receio ela foi e compreendeu melhor seu papel missionário. Sentindo-se parte de um corpo, contou com a ajuda de estudantes abeuenses de outros grupos, para realizar um treinamento intensivo em Frutal.

“Passei a olhar as pessoas da Universidade de forma diferente. Olhava e sentia um amor tão grande por cada estudante. Até aqueles que eu sempre dizia que nunca iria conversar. Comecei a pensar: ‘Essa pessoa precisa de Jesus. O que posso fazer pra que ela o conheça?’

O desafio maior foi conseguir espaço para a ABU. Enviamos uma carta ao diretor e não tivemos resposta alguma. Oramos e jejuamos pra que a vontade de Deus prevalecesse. Um detalhe: diziam que o diretor não se importava com movimentos estudantis e que era muito rude. Mas tomei uma decisão: fui à diretoria e disse que começaríamos as reuniões em uma pracinha do bloco B que é pouco usada e sem movimento. Acho que assustei a secretária. Foi marcada uma reunião para o dia seguinte. Meditei muito em 1 Pedro 5.7: ‘Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês’.

Na reunião com o diretor fui muito bem atendida, expus de forma clara o que era a ABU e o que faríamos na Universidade, e ele nos apoiou e permitiu que usássemos uma sala para as reuniões. Foi completamente diferente de tudo que falavam dele.

Começamos as reuniões e tivemos aproximadamente 50 pessoas. O que mais me marcou em tudo isso é que Deus não desiste de nós em momento algum. Somos importantes na obra d’Ele. Os desafios podem ser grandes, mas quando Ele está à frente e é o motivo do nosso trabalho, tudo vai acontecer da maneira certa”.

Enquanto as aulas se iniciam, vamos orar pela vida dos estudantes cristãos que estão chegando à Universidade. Que Deus os sustente, qualquer que seja a situação: conhecendo a ABU por meio de uma calorosa recepção de calouros, ou os que se sentem sozinhos e que serão desafiados a começar um grupo pioneiro.

Interceda para que, assim como Rebeca, Deus os livre do mal, envie pessoas que possam apoiá-los e que eles perseverem em sua fé!