Conflito. Polêmica. Questionamentos. O campo da ciência é aberto e fechado ao mesmo tempo. Pra começar: são áreas de vasto conhecimento, possibilidades e dúvidas. A mesa, dirigida Vinoth Ramachandra, trouxe através da dinâmica de perguntas das mais frequentes dúvidas dos universitários cristãos como “por que fazer ciência, é possível conciliar a fé em Deus e postulados científicos, quais os nossos limites”, etc.
Vinoth, como físico nuclear e Secretário para o Diálogo e Engajamento Social na IFES (ele já foi Secretário Regional para o Sul Asiático), na sua experiência científica, afirma que o cientista, principalmente o cristão deve ser encorajado a fazer experimentos, movimentar-se e não ficar só na cadeira da academia. “Nós podemos entender e compreender os segredos do mundo, o cristão deve se engajar na ciência, pesquisar, engradecer o nome do Criador e contemplar a criação de Deus”, frisou.
Dentre as discussões, o fomento à pesquisa, suas motivações e finalidades foram os pontos mais em destaque. “As pressões acadêmicas e profissionais por produções às vezes nos afasta do real propósito da pesquisa, serviço em comunidade e para comunidade em benefício do capital”, falou o Prof. Msc. Eric, de Lavras (MG), da área da computação. Ramachandra fez a reflexão para que a produção não se torne um “deus” e ver pensar em benefício e para a glória de quem quer fazer ciência.
Logo após pudemos ouvir os estudantes e suas experiências com pesquisas dentro da ABU. A estudante de psicologia da UFRN Gabrielli Lima relatou a experiência da ABU Nordeste, no Curso de Férias de 2013, onde foi proposto expor os trabalhos científicos que os estudantes estivessem produzindo.
“Houve a submissão de resumos a uma comissão previamente escolhida para a avaliação dos trabalhos e, diante disso, foi possível realizar uma exposição dos trabalhos de pesquisa que os estudantes estavam desempenhando em suas universidades por meio de pôsteres. A principal motivação para a realização desse momento foi possibilitar uma troca de saberes entres os estudantes na perspectiva mais científica, visto que necessitamos de uma maior integralidade dos saberes e trabalhar também como corpo de Cristo no que estamos estudando e pesquisando. A experiência foi bem sucedida, porém como foi a primeira vez a ser realizada, não ocorreu uma aderência tão significativa dos estudantes que submeteram seus trabalhos. Entretanto a discussão com os que estavam compartilhando foi muito rica”, contou.
* Dáuryda é da ABU Teresina e Secretária Regional de Literatura da região Norte. Ela estuda comunicação social – Jornalismo e Relações Públicas.