publicado originalmente no blog da IFES (versão em espanhol)
Quando estamos envolvidos na missão, não deveríamos estar a sós. Mesmo de longe, precisamos de um suporte, um apoio para andarmos o caminho. Até grandes missionários como Barnabé e Paulo tinham por trás deles o envio e a oração da igreja de Antioquia quando foram enviados para começar sua primeira viagem missionária (Atos 13).
Mas muitas vezes os estudantes não têm o apoio que querem e precisam das pessoas próximas a eles. Eles não somente encaram os desafios de viverem como cristãos no contexto universitário, como também a desconfiança da família e da igreja – as próprias pessoas que eles esperavam que caminhassem junto nesta jornada complicada.
É por isso que os olhos da Emily Monteiro, estudante de Relações Públicas da Universidade de São Paulo (USP), se enchem de lágrimas de felicidade e gratidão quando ela conta a história de como a sua família e igreja passaram a apoiar a sua participação no movimento missionário estudantil. “Quando a gente é jovem, as pessoas tendem a minimizar o nosso amor pra Deus. Elas acreditam que jovens não levam coisas espirituais a sério, e isso nos desanima.”
Emily foi criada na igreja, mas quando ela começou a participar do grupo de ABU em sua universidade, seus pais ficaram receosos. “Eles tinham medo. Eu sempre participei muito dos eventos na minha igreja [local], mas, de repente, eu tinha novos amigos cristãos, estava muito envolvida em algo que eu gostava e estava indo para muitos eventos com esses jovens que eles não conheciam.” Apesar de ainda estar ativa na igreja, um presbítero preocupado foi conversar com ela…
Mas não foi somente o seu envolvimento com a ABU que se tornou mais forte conforme ela entrou para a diretoria local de São Paulo, mas também a sua fé. “Eu nunca estudei tanto a Bíblia quanto estudo agora. E a razão pela qual estou na universidade mudou. Não estou aqui só para ter uma carreira melhor, mas para levar Deus às pessoas. Estou fazendo parte de algo maior.”
A mudança na atitude de seus pais e da sua igreja aconteceu durante o Treinamento Microrregional (TMR) em São Bernardo do Campo (SP) em setembro de 2013. Emily conta: “Eu era responsável por muitas coisas no evento e daí tive de pedir para os meus pais me ajudarem. Pela primeira vez, o meu pai me levou para outra igreja, onde aconteceu o treinamento”.
“Então tivemos muita dificuldade para conseguir os colchões, o que meu pai solucionou. A minha mãe ajudou na cozinha, comprando comida e cozinhando. Quando os estudantes foram chegando, eu os apresentei para os meus pais. Por três dias eles nos ouviam conversar, estudar e, no último dia, minha mãe participou da Santa Ceia comigo. Este foi um momento muito bonito pra mim, foi a cereja do bolo.”
Ao fim do TMR, a mãe da Emily compartilhou o quão orgulhosa ela estava do movimento e encorajou os estudantes ainda mais a levar a palavra de Deus para os campi, enfatizando a importância do trabalho missionário lá. Agora, conta Emily, sua família e sua igreja estão sempre orando pela missão estudantil!
“Foi muito importante pra mim ver que eles nos levaram a sério e compreenderam a importância do que fazemos. Até mesmo o presbítero, que passou no TMR no último dia, aprovou, e agora nas reuniões de oração da minha igreja a ABUB é sempre um dos motivos de oração.”
“Recentemente, começou um grupo na Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA) [, onde estudo,] e as pessoas estão muito envolvidas. Eu me sinto mais forte, tenho menos ansiedade, porque sei que tem gente orando por mim.”
Quem coversa com você quando você leva a palavra de Deus para a sua universidade ou escola? Como você pode encorajar a sua igreja a orar por você e a ajudá-lo, se necessário?