Colaboratório de Bolso: inspiração e apoio em meio aos desafios acadêmicos

Rodas de conversa em Parnaíba (PI) e em Juiz de Fora (MG) reuniram estudantes e professores para discutir os desafios da vida acadêmica sob uma perspectiva cristã, como parte da Iniciativa Logos e Cosmos na América Latina. A estudante Joanna, que participou do encontro que aconteceu na região Norte, nos conta sobre o impacto do evento.

Desde o primeiro dia quando ouvimos a proposta do Colaboratório de Bolso, fiquei super animada com a possibilidade de aplicar na nossa universidade pela ABU Parnaíba. Os temas, acompanhando os episódios do Homo academicus, já eram assuntos nos quais eu pensava como estudante, mas até acreditava que não havia espaço para discussão deles no ambiente da universidade. Como falar de violência acadêmica se aparentemente esse era o jeito “normal” da academia funcionar? Como abrir espaço para desistências serem legítimas se quem não resistia sob quaisquer circunstâncias era visto como fracassado?

Aceitamos o desafio e optamos justamente pela temática da desistência, abordando a mudança de rota e tratando- a como parte intrínseca e natural do ambiente acadêmico e da vida. A partir da nossa realidade, pensamos estrategicamente e veio a ideia central do dia do evento: uma roda de conversa e o lugar perfeito seria na frente do nosso auditório central, perto da hora do almoço- é um local com grande fluxo de pessoas nesse horário. Assim alcançaríamos muitos e diferentes grupos da nossa comunidade. Depois de refletir bastante, decidimos também nossos convidados, a professora Loredana, do curso de biomedicina e o nosso assessor regional, Rui. 

A roda de conversa foi um momento inspirador, profundo, sem deixar de ser leve e fortalecedor enquanto vimos e ouvimos sobre vulnerabilidade. Nossos convidados compartilharam um pouco de suas trajetórias de mudanças de rota na vida acadêmica. Foi um prazer aprender um pouco mais com as experiências deles e perceber ali na nossa frente algo que às vezes parecemos esquecer: a universidade é feita de pessoas e pessoas não são máquinas. Pessoalmente, foi uma honra organizar esse momento e ajudar a minha comunidade a lembrar que a humanidade em nós não só não pode ser ignorada, como também deve ser celebrada. Que recalcular a rota não torna ninguém um fracassado, mas um ser humano corajoso o suficiente para reconhecer que a vida vai muito além do lattes.

Também, em Juiz de Foram, o encontro trouxe inspiração e reflexões importantes.

Me chamo Sarah, atualmente faço parte da ABU Juiz de Fora, e participar da Roda de Conversa sobre Os desafios da Pesquisa Científica, organizada pelo Colaboratório foi muito impactante para mim. Esse é um tema que está presente na vida de todos os estudantes de graduação, mestrado e doutorado, e na minha iniciação científica agora eu pude viver de perto todos os desafios e observar o quanto a pesquisa acadêmica pode ser solitária, se a gente não tiver pessoas para compartilhar essa jornada. E na Roda de Conversa nós tivemos a oportunidade de conhecer outros pesquisadores e ouvir e aprender com professores que são referência na temática e que compartilharam um lado mais humano da pesquisa, acolhendo e motivando todos os presentes. Os jovens que participaram também fizeram considerações muito relevantes, enriquecendo o debate, e possibilitando uma troca de experiências incrível entre todos. Foi uma experiência única que com certeza precisa acontecer mais vezes! Aprendi muito e me senti mais acolhida e motivada a seguir atuando como pesquisadora, com uma postura humana, acolhedora e cristã, possibilitando que Cristo também seja glorificado na ciência através das minhas pesquisas.

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