Por Fernando Costa¹
Como se deve ofertar? Se alguém pergunta é por que o assunto interessa e se interessa pode ser para aprender ou refutar. Com relação à oferta cristã, se assim podemos nomeá-la, ela possui dois pontos essenciais que são afirmados no seguinte texto: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9.7)
Em nosso contexto atual entregar (doar) parece meio em desuso, pois receber é mais importante, mais esperado e mais motivador. No modelo de Jesus, o da lógica invertida, cooperar é mais importante que destacar-se. Pense bem, na comunidade de Jesus há mais alegria contagiante quando uma pessoa doa tudo que era necessário ou quando em conjunto se alcançou o suficiente? Justamente a segunda, por que a palavra mais clara é contribuir e não suprir, pois é Deus quem supri e nós contribuímos. Contribuímos com dinheiro, é verdade, mas contribuímos com outras coisas, inclusive a alegria. Alegria de ter participado e antes mesmo de ter doado, ter planejado(conforme propôs no coração) e cumprido (entregue).
Reafirmando os dois pontos, poderíamos dizer que ‘doar com alegria’ (ação positiva) e ‘doar sem tristeza’ (fator negativo) são simultaneamente a única forma que podemos ter certeza que Deus está se agradando. Doar não é simplesmente suprir uma necessidade, não é e não deve ser provocada por fatores emocionais (o coração também é enganoso), não deve ser feita com tristeza, como se no pensamento tivesse uma cobrança para doar mais, não deve ser medida nos padrões capitalistas de nossa época, afinal de contas o que a Bíblia afirma não é que Deus ama ao que dá muito, mas ao que dá com muita alegria. Como se oferta? Com o coração e alegre!
¹Fernando Costa assessora a Aliança Bíblica Universitária do Brasil para a Região Norte desde 2009. É professor licenciado em História pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Teologia (FAK).
Leia o primeiro texto da Série Norte+Forte: Contribuir é um Privilégio