Boletim Literário: Lamento, gratidão e lições de 2020

O boletim literário tem por objetivo incentivar a literatura e a arte na região. Será publicado mensalmente no site e divulgado no Instagram, contendo resenhas e demais produções artísticas, reflexões e outros materiais de estudantes e profissionais do movimento. Este é um espaço feito para todas e todos. Entendemos que a arte também é uma manifestação do evangelho e que se somos feitos a imagem do Criador, somos chamados para a criatividade.

Às 15h do sábado 12 de dezembro, teremos um encontro nacional com o objetivo de agradecer a Deus pelo ano e lembrar do que ele nos ensinou este ano, acontecerá um sarau artístico de encerramento online, com o tema Lamento, gratidão e lições de 2020.Com esse tema, seguimos com o nosso ultimo boletim do ano, para, através da arte, pensarmos o nosso 2020; A edição deste mês ficou por conta do Victor Hugo, da ABU Passos:

Há muito para lamentar em 2020. Sobre tantas realidades, das quais nós sabemos claramente do que se tratam. Fomos provados talvez mais em chorar com os que choram do que em se alegrar com os que se alegram. Em um desses momentos de chorar juntos, um companheiro de caminhada notou que apesar da tormenta, era como se soubéssemos quem estava no nosso barco, e por isso nós também descansamos em nossos lamentos. A partir dessa conversa lembramos de músicas, imaginamos cenas e as trouxemos aqui, para compartilhar um pequeno recorte do que pode ter sido o ano para muitos de nós. A gratidão pela missão e a lição do discipulado também fazem parte do imaginário retratado. Um imaginário depositado em nós por um Deus criador e infinitamente criativo.”


A segunda tempestade dos discípulos


Um barco estava em viagem através do mar, quando veio uma grande tempestade. Marinheiros recolhem a vela, rolam barris e tomam as providências possíveis para mitigar a situação. O mar se agiganta e as nuvens caem sobre o barco, agora já não há mais o que fazer, apenas interceder às divindades. Naquele barco estavam dois discípulos de Jesus. Ajudaram os marinheiros em tudo quanto era necessário e agora no momento de desespero geral, se aproximam da proa do barco e olham para a tempestade. O Mestre já não estava ali fisicamente dormindo na popa nem dentro do barco. Igualmente também já não estava no sepulcro nem em lugar comum algum. A situação os faz lembrar daquela primeira tempestade, quando vieram conhecer a pessoa de Cristo de uma forma ousada e lhes foi pedido que tivessem maior maturidade na fé. E agora estavam ali, diante de um mar ainda maior e mais profundo do que da primeira vez, encarando os ventos e grandes ondas. Mas desta vez, a ousadia de seu Mestre já estava nos corações deles. O discipulado já havia sido terrenalmente completo e outro Consolador já estava com eles. A missão e ousadia não terminariam jamais por conta de uma segunda tempestade, ou a terceira ou quarta ou quantas mais viessem. E nisso meditavam, olhando para céus escuros e densos, talvez quase tão densos quanto as trevas que cobriram toda a terra por volta de meio-dia no dia da cruz. E deram Glórias a Deus em meio à tempestade.

Victor Hugo Fidencio – ABU Passos

 

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