“O homem não é a cereja do bolo da Criação.”

O Fórum sobre Pobreza e Sustentabilidade Ambiental contou com a presença de Daniela Frozi, Marcos Custódio da Rocha Brasil, Patrícia Marques da ABU Marabá e teve como moderador, Marcus Vinícius Matos, secretário executivo da Rede FALE. Os debatedores fizeram uma reflexão sobre a relação entre pobreza e sustentabilidade ambiental.

Nas palavras do moderador da mesa, Marcus Vinícius, existe uma conexão muito grande entre pobreza e sustentabilidade ambiental pois as pessoas mais atingidas pelos impactos ambientais estão abaixo da linha da pobreza. Daniela Frozi afirmou que a pobreza é problema em uma sociedade em que ela tem o nível de desigualdade de renda como a nossa. Ela ressaltou que é o nosso dever cristão promover a justiça social, afinal, “O novo Céu e a nova Terra já começam a partir do momento que o sacrifício de Cristo faz sentido pra nós”, diz. Ela encerrou a sua fala com a seguinte pergunta: “Até que ponto o Brasil vai resolver essa questão do enfrentamento da pobreza, propor o desenvolvimento humano para todos, mas considerando a questão da sustentabilidade ambiental?”

Marcos Custódio começou sua fala afirmando que há uma estreita relação entre pobreza, desgraça e meio ambiente. “Muitos dos “desastres naturais” que acontecem agora é porque a gente não sabe se relacionar com aquilo que se chama Natureza. O desastre natural só veio reforçar a nossa limitação como seres humanos. Marcos salientou que o papel do homem é ser mordomo da Criação. “A humanidade não é a cereja do bolo da criação, nós não somos o mais importante que Deus criou. A cereja do bolo da criação é Jesus Cristo. Se a Bíblia nos chama a gerenciarmos a Criação, por que nós como cristãos não nos levantamos e cuidamos do planeta?”

Patrícia atentou para o fato de que a população também deve reconhecer sua responsabilidade nas questões ambientais e não pensar apenas na responsabilidade das grandes empresas. “ O que seria interessante é que a própria Igreja começasse esse trabalho, já que falamos desse poder transformador do evangelho.”

Os três debatedores salientaram a falta de engajamento da Igreja Brasileira no tocante às questões ambientais. Faz-se necessária uma teologia que não ignore a ordem de Deus ao homem para cuidar da Criação e cristãos comprometidos com a defesa da mesma. Como disse Marcos Custódio, “Não devemos nos preocupar com o futuro, mas com o presente, pois o futuro do planeta dependerá do que fazemos dele hoje.”

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