Por Lais Gervasio Batista
Conversando com algumas pessoas no IPL percebi que muitos compartilhavam o mesmo sentimento a respeito de um assunto: o quanto somos próximos de Deus? Durante nosso dia-a-dia, não apenas nos domingos à noite ou nos encontros da ABU.
Em um dos silêncios reflexivos foi apresentado o seguinte pensamento: “Por que Deus nos fala tanto em retiros e acampamentos, mas raramente no dia-a-dia? É ele quem deixa de falar, ou nós que deixamos de ouvir?”(Paul Freston).
Acredito que este seja um grande desafio para os jovens: mantermo-nos na presença de Deus constantemente e reconhecermos nossa dependência Dele.
Durante o IPL pensamos, refletimos, vivemos para Deus. Tudo estava direcionado a Ele, e por isso foi um tempo tão bom. Então por que não vivemos isso sempre?
O tempo dedicado aos estudos ou ao trabalho muitas vezes ocupa o dia todo, e se não soubermos administrá-lo bem (quem fez a oficina de mordomia do tempo?) não encontraremos tempo – exclusivo – para Deus.
Em outro silêncio reflexivo foi exposto: “O que a maioria das pessoas precisa não é mais conhecimento da fé, mas determinação espiritual para pôr em prática o que já conhece, não importando as consequências. A verdade é uma questão de vida ou morte – por ela morremos, por ela vivemos” (James Houston). Aprendemos muito, mas o mais importante, é colocarmos em prática aquilo que já sabemos. Vivemos lá o que deveríamos viver diariamente.
Como muitos falaram, saímos da nossa Nárnia. Fora desse pequeno mundo que criamos enfrentamos situações diferentes, em que temos que praticar de uma forma muito mais intensa o amor ao próximo e o perdão. Um mundo onde podemos acabar nos tornando vítimas daquilo que acreditamos não fazer mais parte.
Esse é meu pedido de oração, que todos possamos viver, na nossa casa, nas universidades, na igreja, aquilo que vivemos nessas três semanas.
Lembro de que uma menina no IPL disse que se interessou mais pela ABU quando viu um folder que dizia mais ou menos assim: “Que marca você vai deixar na universidade?”
Vamos orar a Deus para que Ele possa nos dar as oportunidades certas, e que ele prepare o “terreno” para que possamos semear sua palavra aos mais diversos tipos de coração.
“A Verdade esteve aqui, e deixou marcas”. Aprendamos com Jesus a trabalhar para o Reino de Deus, deixando marcas também em nós mesmos, para que nunca esqueçamos o porquê estamos aqui.
“Estamos aqui pro que der e vier”.
Lais Gervasio Batista
Estudante de Engenharia Ambiental – UDESC/CAV (Lages-SC)