Entre o aprendizado e a prática. Como Estamos?

Por Raphael Freston

Ao entrar na ABUB, senti-me desafiado por uma série de agendas que são importantes na Missão Cristã. Em nosso movimento, aprendi que não apenas precisamos estar em diálogo com a realidade, mas também interagir com dinamicamente com o mundo que nos cerca.

Como jovens estudantes, temos a batalha pelo reino de Deus travada em nossas faculdades por valores que devem orientar, desafiar, ou afirmar problemas e debates vigentes em nosso país como acesso a educação, qualidade de ensino, cotas raciais ou sociais, por exemplo. Nosso amor a Deus e ao próximo deve desembocar em relações sociais que não se divorcia da evangelização e da responsabilidade social, pois fazer essa ruptura é pregar um “evangelho” rasurado e editado pela racionalização do individualismo reinante. Assim, aprendi também na ABUB que somos convidados a transcender as nossas identificações pessoais (sejam raciais, econômicas, geográficas ou, inclusive, religiosas) para tentar ver também a partir da ótica do outro e praticarmos valores centrais do Reino de Deus como a hospitalidade e caridade.

Pessoalmente sou agradecido pela ABUB por ter refletido um pouco sobre nossa atuação missionária na realidade brasileira, principalmente no tocante a vida estudantil e a juventude. Como cristãos, essas provocações são constantes e, felizmente, sonhamos em ser um movimento estudantil cristão que propicia um espaço sincero, maduro e acolhedor para fomentar a responsabilidade social e respeito mútuo.

Sim, embora alguns acreditem que que hoje o país passa por um momento de relativa fruição e talvez o sentimento geral é que as coisas estão melhorando, sempre é necessário compreender que nosso papel como um movimento estudantil e de juventude é ir para além dos diagnósticos e análises de conjuntura e mergulhar radicalmente nas angústias e e demandas de nosso espaço de atuação missionária. Cremos que ensino é sim para compromisso e isso deve desembocar em envolvimento efetivo.

Entendemos que muitas inquietações permanecem ou surgem, afinal a vida e ensino de Jesus Cristo nos impregna de valores diferentes ao que prevalece em nossas famílias, na economia, na política, na mídia, nas artes, e nas faculdades e escolas, mas a obdiência ao chamado deixa uma pergunta no ar:

Como é o envolvimento seu e do grupo que você faz parte em sua cidade?

Minha oração é que não sejamos um mero clube religioso ou um clube evangélico hermético, mas que que a nossa presença seja iluminadora. No fim da História, seremos cobrados pelo que aprendemos. Em Cristo, podemos participar na manutenção desse mundo, isto é, em um mundo impregnado com os valores e lealdades do Reino de Deus. E você? O que me diz?

Que Deus nos guie e abençoe.

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