“Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração” (Colossenses 3:15-16)
Tivemos em São Luís a honra de receber a presidente nacional do movimento ABUB. Apesar de sua vinda ter sido a trabalho, como abeuense que é não podia deixar de ter um espaço na corrida agenda para que pudéssemos nos encontrar. Foi um momento bem simples e intimista, conversamos sobre os cursos, sobre as peculiaridades de cada um ali e sobre como cada um conheceu a ABUB, começando pela Raquel Bergária.
Raquel nos contou como sua visão geral mudou depois da ABUB, como muitas coisas foram se transformando e como sua formação foi enriquecida. Pra quem não queria se envolver de jeito nenhum com o movimento e hoje é a presidente, de fato é uma mudança e tanto, não?
A Priscila Fialho nos contou que sua mãe um dia conheceu uma abeuense e que logo que ela e o irmão entraram na universidade, a mãe não parava de falar: “Fiilha, vai lá… É ABU: Aliança Bíblica Universitáriaaaa…” E a Pri pensava: “Meu Deus, será que tem que fazer alguma prova pra entrar nisso? Deve ser muito difícil!”.
Eu conheci a ABUB através da Marcela Rocha, que me olhou um dia no ônibus e me cutucou no ombro dizendo: “Oi, você conhece a ABU? É toda terça perto do RU às 12h30.” Eu desci do ônibus naquele momento e aquilo ficou na minha cabeça… E a Marcela, chegou a São Luís sem conhecer ninguém nem ter onde morar, mas alguém lá do Rio disse que conhecia alguém daqui de São Luís (um abeuense claro!) e logo ela foi “aconchegada” por aqui =)
A Renatinha e a Fernandinha passearam por vários outros movimentos estudantis, mas retornaram à ABUB, não porque nosso movimento é melhor ou porque somos maiores, mas, como disseram: “A ABU tem isso aqui…”. Essa frase me fez refletir, afinal, por que alguns ficam? O que faz as pessoas continuarem por anos no movimento?
Ultimamente tenho me policiado a respeito de não “exaltar” o nosso movimento; ele não é mais importante nem melhor que outros que existem e, claro, não é mais importante que a Missão em si, mas não podemos deixar de negar que temos nossas peculiaridades. E só quem é abeuense sabe, sente e vive isso.
Viver… Porque vivemos a missão todos os dias em nossas universidades e vemos frutos desse trabalho em nossas vidas à medida que vamos acrescentando ao nosso círculo social e memória mais e mais pessoas e experiências a cada núcleo que é aberto, a cada viagem que é feita, a cada CF, TIF’s e etc. E não é acrescentar por acrescentar: encontramos amigos que ficam pra sempre e percebemos que mesmo que as gerações mudem, muita coisa permanece.
A mentalidade, ideias e cultura dos jovens que estão atualmente no movimento não são as mesmas dos jovens das gerações de 80 e 90; temos outros interesses, outras preocupações e outras opiniões, mas como é bonito reencontrar “sempre-abeuenses” e perceber que muitas dificuldades ainda são as mesmas, saber que passaram por essas dificuldades e o movimento continuou, pela graça de Deus, porque essa missão é Dele, e saber que sempre temos a quem recorrer quando estivermos com dúvidas, e mais ainda: que a alegria e o amor por tudo isso ainda permanecem! Saber que o que nos une é isso, que não sabemos bem explicar o que é, mas que, com certeza, é divino.
Eu oro para que Deus mantenha em nossos corações o amor por esta missão e para que nós possamos estar atentos a esse chamado, a essa vocação. Muitos chegam, só alguns ficam; e isso não significa que não fazem parte desta história, pois existem em vários lugares aquelas pessoas que sentem-se verdadeiramente tocadas e inspiradas a continuar por aqui. Perguntados sobre isso em algum momento, todos os presentes no encontro com a Raquel demonstraram querer continuar, e que bom!, porque há lugar para todos, como a nossa querida Raquel nos mostrou: há lugar para os mais loucos, os mais conservados, os tímidos e os mais despojados, o importante é que todos fazem parte. Eu quero continuar, eu quero fazer a diferença na minha universidade, alcançar estudantes como eu e aprender ainda muito mais com esses abeuenses queridos. Espero que Ele também queira.
Steffi de Castro
Revisão: Edu Oliveira