Por Nilton Melo
Assessor Auxiliar da ABU Aracaju
“Perseveravam (…) no partir do pão e nas orações. Diariamente perseveravam no templo, partindo o pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração.” (Atos 2.42,46)
Os cristãos do primeiro século em Jerusalém expressavam sua unidade não apenas no cuidado mútuo, mas também no culto comunitário. O “partir do pão” faz referência à ceia do Senhor que era celebrada pelos irmãos, e as “orações” referem-se aos momentos de culto congregacional. No versículo 46, Lucas relata que a igreja se reunia tanto no templo como “de casa em casa”, o que demonstra dois aspectos do culto/da adoração da igreja primitiva: formalidade e Informalidade.
Fica evidente que os nossos irmãos de Jerusalém não abandonaram o templo imediatamente, ou seja, não se excluíram da igreja institucionalizada. É provável que não participassem mais dos sacrifícios do templo, uma vez que já tinham começado a compreender a suficiência do sacrifício de Cristo na cruz, mas participavam dos momentos de adoração no templo.
Havia também as reuniões mais informais, nas casas uns dos outros, onde esses irmãos adoravam e partilhavam as suas refeições, levando-nos a perceber que, quando se trata de culto/adoração ao Senhor, o que mais importa não é a polarização entre o estruturado e o “desestruturado”, o tradicional e o “espontâneo”, ambas as formas são salutares e podem existir sem que uma anule a outra.
Lucas destaca ainda que todos tinham “alegria e singeleza de coração”, o que significa que o culto/ a adoração não era sinônimo de ritualismo e obrigação. Adorar a Deus, nessa igreja, era uma festa sincera que brotava do coração desses irmãos, era vista por todos que os cercavam e glorificava ao Deus.
Assim, fica claro que participar ativamente de uma congregação local é mais do que uma obrigação estatutária da ABUB; é uma real necessidade de todos os cristãos e uma solene afirmação das Sagradas Escrituras.
Na esperança da volta de Cristo,
Nilton Melo