CN 2014: Diálogo é a palavra-chave

Na palestra de hoje, dia 2 de maio, sobre “Engajando-se com a universidade”, Vinoth Ramachandra, Secretário para o Diálogo e Engajamento Social da IFES, começou resgatando os principais pontos de ontem e nos levou a ver que sem engajarmo-nos de verdade com a universidade, não é possível ver o que Deus está fazendo lá.

Segundo ele, percebemos que o evangelho consiste em muito mais que a salvação individual, mas sim a maior mostra do amor de Deus e seu esforço em salvar o mundo. Vimos também que somos convidados a agir junto com Ele nesse processo, às vezes O encontrando em lugares inesperados. Ele começou a palestra com uma revisão da história de Jonas.

Assim como os pagãos da história mostravam estar mais próximos de Deus que o profeta, às vezes Deus nos mostra pessoas que estão mais próximas da reconciliação que nós, que conhecemos a palavra dEle. A cada dia nos ensina como reler a Palavra, nos mostrando as interpretações que quer que tenhamos e como agir como servos verdadeiros. Pedro aprende isso em Atos, no momento da conversão de Cornélio, ele mesmo também sendo convertido de uma visão limitada do evangelho de Cristo adquirindo uma visão ainda mais profunda da mensagem de Cristo: a ampliação do Reino para outras nações. Com isso aprendemos que a conversão tem um início, mas o fim só se dará no momento da segunda vinda de Cristo, onde seremos livres de todo engano do nosso coração.

Nesse ponto, também somos desafiados na universidade! Ver onde Deus está agindo e nos envolver nesses assuntos na área acadêmica faz parte da nossa missão. Devemos viver a nossa vida acadêmica construindo uma ponte com o nosso estudo da Bíblia, lembrando que os assuntos são complementares. O que a Bíblia nos diz sobre a criação? Isso não é uma releitura daquilo que vemos na faculdade? Por que estamos estudando para evitar o aquecimento global? Qual o sentido da nossa pesquisa? Tudo isso deve ser pensado à luz da Palavra, que também acaba por motivar esses estudos. Lembramos que as áreas que parecem dar explicações opostas não necessariamente o fazem, mas mostram diferentes visões da mesma coisa em diferentes níveis. Nem sempre a explicação científica de algo é aquilo que queremos, a análise sociológica ou histórico-literária pode ser a mais indicada em vários casos.

E isso tudo se liga à missão estudantil nos diálogos. Uma reflexão mais profunda das nossas questões científicas levam à essa visão mais profunda do evangelho e da nossa missão no mundo. E não devemos nos surpreender se nos acharmos em falha diante desses desafios! Muitas vezes Deus usa esses diálogos para nos converter de um caminho que nos parecia correto, mas que não se mostrava coerente com o que Ele quer fazer nesse momento da história.

Esperamos que Ele faça conosco assim como fez com Pedro: que realize uma dupla conversão. Tanto das pessoas que desejamos alcançar com o evangelho quanto dos caminhos do nosso coração que não estão afinados com o coração dEle.

* Petrônio Nogueira é Secretário de Comunicação da Região SP/MS

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