CN 2014: O sábado do Senhor e a graça da missão de Deus

O pastor da Igreja Presbiteriana de Viçosa, Jony Wagner de Almeida, fez a exposição bíblica em Jonas 1:17 e 2. O pastor falou sobre o santo sábado, o descanso do Senhor, que Jonas experimentou na barriga do peixe, e a graça da missão, que Jonas não conseguiu experimentar plenamente. Abaixo, um resumo da sua fala desta manhã (dia 2 de maio).

Jonas não entendia que, antes de Deus aplicar a sentença, ele queria ter uma conversa. Aliás, o livro de Jonas é um diálogo de Deus com seu profeta. Mas ele encontra um profeta que não dialoga, que não quer conversa.

Jonas não via os estrangeiros, não olhava o outro. Ele é tão duro que Deus o leva para o pior dos lugares para um judeu: a barriga de um peixe. O lugar para ver se ele se concentra em Deus e não no seu umbiguinho.

De certa forma, ele se assemelha a Jesus. Nossa ofensa contra Deus é tão grave que Deus teve que providenciar um sepulcro para Jesus, que chegou a dizer que não queria este cálice, mas Deus não o evitou. Jesus sofreu e passou por aquela morte porque o pecado era muito grave. O próprio Jesus fala que não daria sinal ao povo, a não ser o sinal de Jonas, isto é, também ficaria três dias e três noites.

Na simbologia do antigo Oriente Médio: “três dias e três noites” é o percurso da morte, o mundo dos mortos. Na oração de Jonas, o tempo todo ele faz referência ao mundo dos mortos: profundezas, cova, abismo, sepultura.

O que Deus fez foi levar Jonas para um lugar onde não houvesse interrupções, onde Jonas ficasse em off, onde não tinha sinal (celular). O povo judeu não era um povo marítimo. Eles gostam muito de figuras da natureza para se expressar. As “profundezas do mar” significa o caos, aquele momento antes de Deus criar qualquer coisa. Era também o símbolo da morte, era escuridão e trevas. É esta experiência que ele está tendo quando diz “Jogaste-me nas profundezas, no coração dos mares; correntezas formavam turbilhão ao meu redor; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim” (Jonas 2:3).

Muitos dizem que o Salmo 120 é um salmo de ação de graças, e o é. Mas é também um salmo de muita súplica. Essa experiência fez com que Jonas visse a si mesmo como uma pessoa de muita dependência e é nessa situação nós vemos a Deus.

Quem vai ouvir um homem lá dentro da barriga do peixe? E ele diz que está lá naquela escuridão, mas decidiu olhar de novo… olhar de novo para Deus.

No verso 9 ele termina com ação de graças, com gratidão. Santo sábado, o dia que Jesus e Jonas experimentaram as profundezas e olharam para Deus. O dia de observar o descanso do Senhor é uma forma de irmos para o ventre do peixe e enxergarmos não os rios, o neto, a esposa, mas a Deus. Para quando eu voltar para a minha esposa, voltar mais gente, mais marido, para eu voltar para meus filhos, mais pai, para o meu neto, mais bobo (rsrs).

Você faz isso? Você vai para o ventre do peixe?

Interessante que o povo de Israel quando deixou de observar o sábado, o santo sábado, eles se desviaram da sua vocação. Esse tempo é tão importante que o próprio Jesus teve de experimentar este silêncio, esse sábado de morte, de dependência, de reconhecer que tudo é de Deus.

O santo sábado também transforma a morte em ressurreição. Então o Deus soberano todo poderoso é reconhecido como Deus todo poderoso. Contudo, você sente falta de algum aspecto na oração de Jonas?

Falta confissão! E esta confissão é sobre o diálogo com o estrangeiro, com o outro, com o de fora. Ele não confessa e não reconhece – e os salmos estão cheios de intercessão pelos gentios, mas ele não. A visão que Jonas tem da graça ainda é muito pra ele – o seu umbiguinho -, ele ainda não consegue contemplar a graça da missão que é de Deus. A graça e a missão que são de Deus.

Ele falou com Deus e ouviu Deus, mas ele ouviu tudo? Ele ouviu tudo o que Deus queria falar com ele? Você ouviu tudo o que Deus quer falar para você?

Jony terminou este momento nos chamando para a oração e orando por nós.

 

Gostou do conteúdo?

Compartilhe nas redes sociais e faça mais pessoas conhecerem a ABUB.