Depois de agradecer e orar pelo movimento de estudantes secundaristas no Brasil, o pastor Jony deu início à terceira exposição bíblica do Congresso Nacional (CN) lendo o capítulo 3 de Jonas. Leia abaixo um breve relato desta exposição:
Essa conversa entre Deus e Jonas é um segundo chamado com cara de primeiro. A graça que não desiste, é a graça que insiste, é a graça que providencia um novo começo, uma nova oportunidade.
Isso é fascinante. O que o Vinoth quis passar para nós é isso: o fascínio pelas coisas que são de Deus.
Nínive era uma cidade grande. Para você ir a todos os lugares desta cidade você precisaria andar por três dias. Logo que Jonas entrou na cidade, ele trabalha por um dia inteiro. E nesse dia ele anuncia a mensagem. No hebraico são apenas cinco palavras, mas mesmo em português ela é sucinta: “Daqui a quarenta dias Nínive será destruída”.
Você pode dizer: “Deus, todo esse esforço para trazer o homem até Nínive para ele falar apenas isso?”. Para Jonas, essa mensagem significava que não havia mais solução, era uma predição categórica. Mas, para Deus, era condicional.
Pense comigo: por que 40 dias? Para que servia este tempo? Era espaço suficiente para os ninivitas reagirem, responderem. Deus está dizendo: “Vocês têm direito à resposta”. Outra palavra que pode ser entendida de forma diferente é “destruída”, que pode estar relacionada a “destruir”, mas outra interpretação é “virar esta cidade de cabeça para baixo, uma surpreendente mudança de vida”. Então sim, na mensagem de Deus era possível uma reviravolta.
E a resposta foi estupenda. Nínive era o centro do que era maligno, mas eles respondem com uma sensibilidade impressionante. Eles entenderam que era uma mensagem ameaçadora, urgente. Mas até o rei, que a gente nem sabe quem era, saiu do seu trono, tirou seu manto real, vestiu-se de saco, sentou-se sobre as cinzas. Até os animais foram incluídos no arrependimento.
Foi uma mensagem sem sinal, sem barganha, sem negócio. Livre, espontânea e sincera. Foi um verdadeiro batismo de arrependimento. Jesus usa isso como modelo: o sinal de Jonas.
Lembram-se da pergunta que fizemos ontem: “Como deixo Deus ser Deus?”? Os ninivitas respondem para nós: Deus tem direito de julgar, Deus tem direito de dar essa mensagem e nós podemos considerar que Deus pode usar da sua graça no lugar da sua justiça. Os ninivitas se colocam no âmbito da misericórdia: “Senhor, é possível continuar sendo um Deus justo e misericordioso e ainda ter um jeito para nós, ninivitas?”.
E Deus se movimentou nesse sentido, e com todo prazer, com toda alegria. Essa é a graça do movimento de Deus. E a ABUB se coloca como um movimento, então se movimentem, não engessem. O movimento precisa ser sempre espontâneo, sempre continuando.
Este é o movimento de Deus. A graça de Deus se movimenta. A ira de Deus tem razão de existir até o batismo de arrependimento, quando a razão da ira deixa de existir dando lugar à graça e à misericórdia. E Deus se alegra com isso.
A graça prevaleceu. A ira não tem mais razão.
Para refletir: Respondendo à Palavra
Por que a gente conhece tanto a graça de Deus, mas a gente tem pouca reação? Jonas nos representa. Será que nós ficamos viciados, e como viciados precisamos de doses cada vez mais fortes de graça. Será que pensamos só no nosso jeito, na nossa forma de fazer missão?
A graça se movimenta. E nós?