Por Lissânder Dias
A ABU Editora e a Editora Ultimato revigoraram um dos maiores clássicos da reflexão evangélica contemporânea: A Morte da Razão, de Francis Schaeffer. O livro, que está entre os oito clássicos da editora que detém os direitos da obra, a IVP (InterVarsity Press), agora tem uma nova capa e passou uma revisão gramatical.
O livro escrito há quatro décadas ainda é atualíssimo, já que um dos seus méritos é o olhar panorâmico sobre os caminhos (ou seriam emboscadas?) filosóficos da história do pensamento ocidental, e a resposta cristã para tal.
Mesmo com todas as conquistas obtidas em vários níveis sociais e tecnológicos nestes últimos decênios, não houve nenhum avanço na resolução do “mal estar” do homem com relação ao mundo, para consigo mesmo e para com a eternidade. As “respostas” atuais são tão diversificadas quanto frágeis, sob o ponto de vista intelectual: os velhos “ismos”, como o misticismo, hedonismo, materialismo, niilismo entre outros, são rapidamente renovados e apresentados como “novas propostas”. Nem o cristianismo se salva desse cardápio requentado
A preocupação de Schaeffer não era somente intelectual. Ele queria comunicar a verdade imutável a um mundo em mudança.
Que tal, então, olhar novamente para trás e descobrir onde erramos? Que tal repensar nossa forma de pensar e encontrar o fio de meada? Que tal enfrentarmos nossa responsabilidade de comunicar o Evangelho a nossa geração?
Para não repetirmos os erros e para encontrarmos respostas para hoje, A Morte da Razão é uma companhia indispensável.
Ficha técnica
Autor: Francis Schaeffer
Formato: 14 x 21 cm. Páginas: 104.
Edição: Abril, 2014. ABU Editora e Editora Ultimato.
Sobre o autor
Francis A. Schaeffer (1912-1984) foi um dos pensadores cristãos mais influentes do século 20. Fundou a comunidade L’Abri na Suíça, ministério de alcance internacional, e escreveu diversos livros, entre eles “O Deus que Intervém” e A Arte e a Bíblia, com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
O livro em frases
A responsabilidade da Igreja Cristã não é apenas professar os princípios básicos da fé cristã, à luz das Escrituras; sua tarefa é comunicar essas verdades imutáveis à geração em que se situa.
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Onde encontrar a unidade, depois de se conceder plena liberdade à diversidade? Se unidade e diversidade são libertadas, de que modo conservá-las em um todo uno?
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Com base nas Escrituras, embora não tenhamos conhecimento completo, alcançamos conhecimento verdadeiro e unificado.
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Não podemos tratar as pessoas como seres humanos, não podemos vê-las no alto nível da verdadeira humanidade, a menos que conheçamos realmente a sua origem – quem elas são. Deus diz ao homem quem o homem é. Deus nos declara que criou o homem à Sua própria imagem. Portanto, o ser humano é algo maravilhoso.
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Há pessoas que buscam, hoje, apegar-se à dignidade do homem, mas não têm base conveniente em que se fundamentar, pois perderam a verdade de que o homem foi feito à imagem de Deus.
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Cristo morreu pelo homem que tinha uma culpa moral verdadeira, pelo fato de o próprio homem ter feito uma escolha real e verdadeira.
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Deus criou tudo, e do nada. Logo, todas as coisas são finitas, criaturas. Ele, e somente Ele, é o Criador infinito.
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Deus criou o homem no seu todo, e o homem todo é importante.
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Não existe nada autônomo – nada à parte do soberano senhorio de Jesus Cristo e da autoridade das Escrituras