Ao orar, Habacuque lembra das histórias de como Deus agia no passado. Nos primeiros capítulos do seu livro, o profeta intercede apresentando situações de injustiça e violência. Deus responde que enviará juízo e a Babilônia. Ele via a realidade do povo de Judá, e apontava para um futuro difícil, consequência dessa situação. A reação de Habacuque é cantar. Como demonstram as últimas palavras do livro (“Para o mestre de música. Para os meus instrumentos de cordas” – 3:19b, NVI), o capítulo 3 é um salmo. Ainda que o caminho seja dolorido, Habacuque canta sobre a esperança em Deus e inicia sua música com um resgate da memória.
“Senhor, ouvi falar da tua fama;
tremo diante dos teus atos, Senhor.
Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras,
faze-as conhecidas em nosso tempo;
em tua ira, lembra-te da misericórdia.” – Habacuque 3:2 (NVI)
Nossa caminhada
De geração em geração, as histórias de como Deus interveio com Noé, Abraão, Moisés e outros eram contadas. A grandeza de Deus era recitada, rememorando seu juízo (3:12) e a sua graça salvadora (3:13). Habacuque retoma o passado para, a partir dele, encher-se de esperança e da certeza de que Deus é a sua salvação (3:18) e sua força (3:19). Só assim ele estará pronto para enfrentar as adversidades que virão sobre seu povo (3:16-17).
Quais são as nossas memórias enquanto movimento missionário estudantil? A ABUB possui 62 anos de história, e não passamos esse tempo sem conflitos ou dificuldades. A obra Encarnando a Palavra libertadora (disponível em Recursos) relata os primeiros anos do movimento, quando muitos grupos não poderiam se reunir nos espaços de ensino. Já o livro Evangélicos e Mundo Estudantil, de Eduardo Gusmão de Quadros, aborda uma fase de visões distintas dentro da ABUB.
Mas Deus também agiu diversas vezes por meio dos estudantes da nossa missão para alcançar outras vidas. Como a de um colega de Ricardo Borges, para quem o grupo local da ABU foi fundamental nos anos 90 e se converteu um tempo depois da faculdade. Ou ainda as pessoas alcançadas por meio da oração de estudantes fiéis ao chamado missionário nos anos 70 e 80, como Ziel Machado já nos contou.
Nossos últimos dois vídeos publicados contam a história de José Miranda Filho, a quem Deus abriu a mente quando foi numa reunião administrativa do grupo local da ABU Fortaleza (CE). Miranda serviu à ABUB por muitos anos e em diversas esferas, e nunca perdeu uma oportunidade de pregar a mensagem da cruz. Conheça suas histórias e ore conosco nos pontos abaixo.
Ore a partir das histórias
- Inspirados em Habacuque, medite conversando com Deus sobre quais histórias de missão estudantil você ouviu e o marcaram. Quais delas você gostaria de ver acontecer novamente? O que elas lhe ensinam sobre Deus, sobre esperar nele e crer na força dele, mesmo em meio às adversidades? Como as histórias podem ajudá-lo a passar por momentos difíceis em sua escola, universidade ou espaço de trabalho? Você se sente chamado a responder a essas histórias de alguma forma prática, talvez começando alguma iniciativa em seu grupo local?
- Interceda por essa geração de estudantes! “Realiza, Senhor, as mesmas obras do passado. Faz com que a nova geração de abeuenses, abessenses e abepenses lembre dos seus feitos!” Que eles possam ter esperança e força a partir da memória para continuarem firmes no ministério estudantil.
- Ore para que Deus nos prepare para o futuro. Habacuque sabia que o povo enfrentaria o juízo de Deus nas mãos de uma perversa nação, a Babilônia. Nós não sabemos o futuro que iremos encarar, mas nosso Senhor pode capacitar os líderes, obreiros e estudantes da ABUB para seguirem fiéis ao chamado missionário, sendo luz em meio às trevas, ainda que não vejam frutos.