No fim de janeiro deste ano, durante uma calourada (festa para novos estudantes), uma estudante da Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi estuprada e morta. Em julho de 2022, noticiou-se outro caso de violência sexual no meio universitário, desta vez na Universidade de Brasília (UnB). Histórias como estas são a ponta do iceberg das violências que acontecem no nosso campo missionário.
Em pesquisa realizada pela professora Milena Barroso (2021) nas instituições de ensino do estado do Amazonas, 38% das pessoas afirmaram que foram vítimas de algum tipo de violência na faculdade nos últimos cinco anos, 73% das vítimas são mulheres, 70% não brancas. Já os autores de violência são na grande maioria homens (85,68%). Sabe-se também que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil (IPEA, 2014).
Violência não é algo novo e nem específico do meio universitário. Em 2 Samuel 13:12-13 (NVI) Tamar diz a seu irmão Amnom: “Não me faça essa violência” e “O que seria de mim?”. Ele depois a violenta. Deus condena isso. Nos evangelhos vemos Jesus se aproximar de mulheres que a cultura da época manteria invisíveis: a samaritana, a mulher adúltera, a mulher com fluxo de sangue. Jesus acolhe suas dores e ouve suas histórias. De que forma nós podemos ser mais como Cristo?
O que fazer?
Levante esse assunto em seu grupo de ABS, ABU e ABP. Investigue a situação em seu contexto, crie espaços de escuta segura e de educação sobre o tema. Questione-se: como seu grupo pode atuar positivamente em seu contexto para combater essas violências, conscientizar seus participantes e colegas e ajudar as vítimas?
Se seu grupo já possui iniciativas do tipo, queremos conhecê-las! Entre em contato conosco.
Procure os órgãos competentes e denuncie as violências que você vivenciar ou presenciar. Para violência contra a mulher, ligue 180. Também reporte assédio aos superiores da instituição.