por Flávio Américo, estudante da ABU Natal
“Tenho visto tudo o que é feito debaixo do sol; tudo é inútil, é correr atrás do vento”. (Eclesiastes)
“Na eternidade, […] tudo é presente”. (Agostinho, Confissões)
– Nasceu, agorinha, o futuro
– Como se chama?
– Ele se chamava presente
Morreu!
Faz pouco dele o tempo
– Pobre passado
Tudo nessa vida é natimorto
Os presentes são sempre tomados de volta
De onde virá,
Digo vem,
Ou melhor,
Veio o agora?
Droga, pra onde ele foi?
A história é um temporal dos brabos,
Arrasta tudo que não se abriga no Alto
Debaixo do sol forte do tempo,
A secura da alma racha o sorriso no meio
Cuidado, amigo,
Agora,
Lês coisas do passado,
Mas olhe pro futuro
Pois,
É tenebrosa a previsão do tempo
Quando não se olha para a Eternidade
Lá, a Vida, que é sempre presente,
É sempre presente.
Flávio Américo Dantas de Carvalho
Mestrando em História da UFRN
Presidente da ABU-Natal
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