Por Ana Cláudia Nunes
A manhã desta quinta-feira começou com um ventinho frio e um calor no coração, que ansiava pelas novidades que Deus havia preparado para nós hoje. Ele tem sido tão misericordioso para nós, sempre nos surpreendendo através das verdades tão simples quanto profundas do evangelho. Hoje não seria diferente.
Após a representação dos meninos da ABU sobre Paulo escrevendo aos Colossences (Cl 3:18 – 4:18), o querido Miranda subiu para nos dar a última exposição bíblica deste CN. Em sua introdução, Miranda relembrou que a cruz nos reconcilia com Deus, e nós, individualistas e tão centrados em nós mesmos desde a queda, pudemos então nos ver novamente próximos ao Pai por intermédio de Jesus. Assim, nossa vida é fruto desta comunhão, o que nos faz, antes de um amontoado de células, carbonos e um conjunto de vícios, seres espirituais.
Deus nos revela através de Sua natureza que nossa carne se mostra totalmente insuficiente para suprir nossas carências espirituais, nosso universo se amplia, e de repente percebemos que há mais para se viver além de alimentar nossos apetites e interesses próprios.
Jesus, Deus encarnado, tendo se submetido à natureza humana, nos mostra como deve ser a convivência entre o carnal e espiritual, que, aliás, convivem juntos e inseparáveis dentro de nós. A vida de Jesus nos revela o que realmente importa, e isso definitivamente influencia nossa vida nesta carne. Nos revelando os princípios pelos quais nos movemos, e não apenas os fins que queremos alcançar, Deus nos liberta para vivermos uma vida saudável, onde a sexualidade, por exemplo, é vista para além do corpo do outro, chegando até o coração, onde as relações de trabalho são guiadas pelo zelo, as relações familiares são guiadas pela gratidão e as relações entre esposo e esposa são guiadas pela sujeição mútua.
É lindo (re)descobrir que esse Deus maravilhoso providenciou através de Jesus não só a restauração do nosso relacionamento com Ele, mas também com todas as nossas demais possibilidades de relação.
Depois de toda a introdução de Miranda, ficou fácil entender a carta de Paulo aos Colossences. Não se tratam de regras sobre convivência, mas ensimanetos sobre princípios. Não nos ensina a simplesmente fazer o que nossos pais disseram, mas PRATICAR a obediência na medida em que SOMOS gratos. PRATICAR submissão na medida em que SOMOS dependentes uns dos outros. Por isso, reconhecer que NÃO SOMOS merecedores, é o princípio que nos proteje para viver uma vida com Deus.
Tudo isso ficou ressoando dentro de nós, e foi liberado a Deus na forma de orações na reunião com pequenos grupos.