Mais de João e de missão na sociedade!

por Andréia Coutinho

Tem coisa melhor do que rever amigos de alma e reviver abraços apertados? Talvez sim, talvez não. Quem pode dizer? Só quem vivencia sabe o que tudo isso significa. E como já era esperado, estamos em mais um encontro da ABU para “carimbar” as nossas vidas.

Iniciamos o segundo dia do Congresso Nacional (CN) ao som da canção “Em todo tempo” do grupo Vencedores por Cristo. Diversas naturalidades reunidas em uma só voz fizeram ecoar essa linda melodia. Logo em seguida, a região Nordeste apresentou o relatório de atividades e compartilhou bênçãos e dificuldades dos últimos meses.

A exposição bíblica de Ricardo Borges, mais conhecido como Malária, nos levou a refletir sobre os desafios da verdade, da fé, do amor, do “permanecer” e da justiça ao longo da caminhada (disponível em áudio). Com base no segundo capítulo da primeira epístola de João Malária propôs alguns questionamentos a respeito do que seria compartilhar e manifestar a vida de Deus. Buscamos as respostas juntos e dividimos as conclusões no final da exposição.

Ziel Machado, “o contador de histórias”, nos abençoou mais uma vez com uma palestra que entrelaçou as questões relacionadas à santidade, missão e comunidade (disponível em áudio). “Fazer missão é entender o que estou fazendo e por que estou fazendo”, disse ele. Como o que somos se sintoniza com a missão? Qual o lugar da ABU como parte da igreja naquilo que Deus está fazendo na história? São perguntas difíceis de responder, pois elas nos fazem perceber que a missão estudantil vai muito além dos EBI’s que aplicamos nos núcleos na universidade e nas escolas. Não há como resumir ou limitar o seu conceito. É preciso vivê-la, enfrentá-la, envolver-se e permitir que Deus conduza essa caminhada cheia de surpresas. Altos e baixos, tempos de quantidade, tempos de qualidade, ora motivados e ora desmotivados e assim por diante, até ser dia perfeito.

 

As nuvens encobriram o sol durante o dia todo, a chuva caiu e o frio só aumentava. A programação seguiu com a mesa de debate com o tema “Andar como Ele andou na sociedade” (disponível em áudio). Discutimos sobre algumas políticas públicas, o desafio de buscar os direitos em uma sociedade desigual e o comprometimento com o meio ambiente. Foi um tempo muito rico, embora um pouco cansativo. É importante argumentar essa realidade contemporânea e tentar pensar de forma coletiva as possíveis soluções que estão ao nosso alcance. Não que seja fácil. Não que o fato de sermos cristão signifique que vamos cumprir tudo à risca. A chave de tudo isso é estar ciente de que precisamos fazer a nossa parte, e isso não é uma tarefa nada simples.

A região Norte também apresentou o relatório à noite, com direito a cajuína, baré e rapadura – bebidas e doces típicos. Depois, ouvimos mais sobre a rede FALE, que está completando 10 anos; sobre o programa de estágio da ABU; e sobre a experiência de intercâmbio com a Noruega. Ouvir essas histórias nos faz repensar na abrangência do movimento no Brasil e no mundo, assim como as suas vertentes de atuação. Quando a gente pensa que já sabe muito sobre a ABU, a gente descobre que ainda falta muito para aprender. E, quanto mais aprendemos, menos sabemos, pois Deus faz coisas novas todas as manhãs.

É mais ou menos assim que podemos sintetizar o segundo dia do CN. Ouvimos coisas novas e, claro, relembramos o que já sabíamos. Esse é um exercício que vai durar a vida inteira, dentro e fora da ABU. Compreender os caminhos da missão significa estar à disposição do Reino de forma integral, com todas as nossas limitações, todas as feridas e todas as crises. Esse é o convite: andar como ele andou.

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