Sete dias foram necessários para, aproximadamente, 40 estudantes reunidos e dispostos a aprender e, certamente, se capacitarem para o chamado missionário nas escolas, universidades e “confins da terra”
Com o tema Andar com fé eu vou, baseado no livro de Tiago, os estudantes revezavam o tempo com palestras, estudos, painéis e oficinas.
Dias intensos, com experiências ricas e confrontantes, marcaram o Curso de Férias 2012 da Região Norte.
Thaylise Nepomuceno, estudante de enfermagem e Steffi de Castro, estudante de psicologia, relatam o que viveram por lá:
STEFFI – “Aprendi muito nestes sete dias. Uma das coisas que mais me tocou, e que mais me interessou também por eu ser estudante de psicologia, foi perceber o quanto as regras, os princípios e a educação são fortes. Às vezes exercem mais poder sobre uma pessoa do que a liberdade que Jesus Cristo dá a elas. Não que sejam ou não válidos. Isso não está em discussão. O que quero dizer é que pude ver e de certa forma, sentir o quanto dói sermos tirados de nossa zona de conforto, o quanto dói sermos confrontados, como se ficássemos sem chão, caso tirem do lugar que estava aquele conceito que aprendemos desde nossa infância. Forte. Muito forte. É doloroso se livrar dessas coisas, talvez “se livrar” seja uma expressão angustiante, vamos dizer… Doloroso “saber lidar” com isso tudo. Doloroso, mas importante. Importante questionar, importante perceber, importante querer saber o porquê, o como e o onde. Fé que pensa, razão que crê. Assim como acredito que vários preconceitos tenham sido, pelo menos, aliviados, também acredito, falo por mim por exemplo, que muitos aprenderam a conviver com as diferenças. A ABU é um movimento Interdenominacional. Sabe o quanto manter isso assim custa? Não estamos ali para dizer se a Batista está certa, ou a Assembleia, ou a Presbiteriana. Estamos ali porque todos somos cristãos apaixonados e compromissados com uma única causa, e o resto importa, mas não é o foco. Aliás, manter o foco foi outra coisa que tive que praticar ali”
THAYLISE – Traduzir plenamente o que o Curso de Férias da Região Norte representou para os sedentos estudantes que ali estavam, é tarefa que não pretendo desempenhar. O que posso afirmar é que foi uma semana em que nossos preconceitos e conceitos errôneos vieram à tona e percebemos nossa mediocridade e nossa visão limitada da vida e de Cristo. O CF foi verdadeiramente mais que emoção, foi amizade, libertação, confronto, amor, um olhar diferenciado sobre Deus. Fez crescer, ao menos em mim, um gosto pela vida e um amor pela missão. Exercitamos paciência, ou ciencia da paz, como definiu nosso querido Carlinhos (Carlos Queiros, palestrante), aprendemos a pedir sabedoria, a viver com liberdade, a dar vazão à nossa existência, a elaborarmos nossa passagem pelas dificuldades e fazer tudo isso humildemente. Extraímos sabedoria de conversas simples, muitas vezes despretensiosas e fomos sendo moldados, dia a dia, hora a hora, minuto a minuto não só para aqueles dias, mas principalmente para a vida pós-CF, para nosso ‘campo missionário’ que são as universidades, faculdades e colegios. A semente foi lançada, andemos com paciencia, liberdade, fé, sabedoria e humildade, afinal como disse o Carlinhos: O modelo de vida do Jesus Cristo de Nazaré é o nosso limite!
