CN 2014: Bate-papo de ciência e fé

Por Judson Malta e João Felipe B. Lima

 

Durante o Congresso Nacional 2014, houve um espaço coordenado por Vinoth Ramachandra no qual foi aberta uma seção de diálogos e reflexões com os presentes. Na segunda roda (confira sobre a primeira aqui) os temas levantados foram: Física nuclear – Dimensão e distribuição dos custos e dos benefícios econômicos e sociais dessa tecnologia; Células-tronco embrionárias – Limites dos direitos humanos e alternativas a esse tipo de pesquisa; Aborto – As alternativas e possibilidades em casos extremos, como má formação fetal e estupro; Tecnologias de guerra – Visão das faces da pesquisa militar, e como ela pode ser um espaço de serviço cristão; Experimentos com animais – Visão dos animais como criação de Deus, e metodologia desse tipo de procedimento.

O teólogo e cientista iniciou esse espaço de formação a partir de uma explanação sobre as diferentes ordens de análise de mundo. Nesse sentido, fé e ciência podem dialogar, assumindo que estão em níveis distintos, e entendendo que o universo está em Deus e que a capacidade que temos de entendê-lo vem da própria imagem de Deus em nós.

De maneira objetiva, mesmo que um fenômeno possa ser descrito num nível de analise, ele pode ter nova importância e significado visto a partir de outro. Por exemplo, afirmar na esfera biológica que o amor causa mudanças nas reações bioquímicas no corpo não é explicá-lo completamente.

A ordem e a grandeza de Deus estão materializadas no universo, pois o universo só pode existir em Deus. Nesse sentido, Deus não é só uma coisa no universo, Ele não “existe no universo”, mas sim o “universo existe em Deus”. O Senhor da criação é pleno em grandiosidade, conhecimento e diversidade. Deus esse que se revela, tanto nas escrituras, quanto nos chamados processos naturais. Deus que criou um mundo com sua própria dinâmica, e cuja ação continua sustentar todas as coisas.

 

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