Por Ana Elisa Siena, Luciano Santos e Lívia Bertolini
Acreditar e confiar na Palavra de Deus é um desafio para os cristãos. Para nós, estudantes cristãos, confiar na palavra de Deus é essencial para a nossa identidade enquanto grupo e para a nossa prática missionária.
No dia 02 de outubro a ABU São Carlos (SP) iniciou um trabalho voluntário de ensino de português para estrangeiros por meio de textos bíblicos. Assim, buscamos servir a comunidade acadêmica em um ponto que nos parece carente e ainda agimos para que a Palavra atinja novas pessoas e novas culturas, num ambiente de integração e acolhimento. Buscamos alcançar assim a “realização de missão e serviço mediante a descoberta de nosso lugar de chamado por Deus, na Igreja e no mundo”, uma de nossas metas, segundo a própria declaração de objetivos apresentado no site da ABUB.
A ideia surgiu quando a Ana Elisa Siena (aluna de graduação da USP São Carlos) fez intercâmbio para Alemanha e participou de aulas de alemão gratuitas preparadas e ministrada por universitários alemães da SMD (ABU Alemanha), onde eles usavam textos bíblicos e EBI’s (estudos Bíblicos Indutívos) para treinar a fonética, vocabulário e interpretação de textos dos estrangeiros.
Depois de uma simples divulgação apenas entre amigos e conhecidos em busca de estrangeiros que quisessem estudar português, recebemos mais de vinte inscrições de interessados nas aulas, revelando uma demanda muito maior que o esperado.
Esse número também desafia o grupo local pela necessidade de mais voluntários, já que o método adotado previa aulas ministradas por um professor-voluntário para, no máximo, três alunos estrangeiros. Esse modelo de aula é similar ao que é utilizado pelo grupo bíblico da SMD, que a estudante Ana Elisa conheceu quando fez intercâmbio naquele país.
As aulas são preparadas semanalmente utilizando um texto bíblico (inicialmente estamos trabalhando Marcos) que é lido pelos alunos, dando destaque a pronúncia, vocabulário e entonação. Logo abaixo do texto, colocamos sempre um glossário com explicações de palavras que podem trazer dificuldades para o entendimento do texto. Em seguida, há algumas perguntas sobre o texto, que são preparadas como as perguntas de observação de um EBI normal. Além disso, pratica-se a conversação focando na compreensão do texto lido, e temos no final exercícios e complementações focadas nos seguintes eixos que estruturam nossas aulas: expansão vocabular, gramática, e expressões idiomáticas. Quem está preparando esse material mais “gramatical” das aulas é a Jemima Schützer, graduada em letras pela UNESP Araraquara.
É importante destacar que o objetivo principal das aulas é servir e acolher os estudantes estrangeiros por meio do ensino da língua portuguesa. Assim, durante as aulas, nós procuramos não ultrapassar o nível da observação do texto, tanto nas perguntas que são elaboradas para sua compreensão, quanto nas conversas sobre ele (a não ser, é claro, que os próprios alunos se interessem e queiram se aprofundar mais). O texto bíblico é utilizado apenas como material base para o estudo da língua, já que, a princípio, qualquer texto pode ser válido para esse fim. Mas, é claro, nós cremos que a Palavra não volta vazia. Além disso, caso algum aluno se interesse por conhecer mais da Bíblia, temos uma ótima oportunidade para convidá-lo para os EBI’s, ou mesmo para fazer evangelismo pessoal. As aulas têm sido ministradas todas as quintas-feiras, a partir das 20h, em uma sala com capacidade para cerca de 70 alunos cedida pela USP com o auxílio da Comissão de Relações Internacionais (CRInt) da USP São Carlos e têm duração de cerca de uma hora.
Pedidos de Oração:
- Agradecemos muito a Deus por estar nos capacitando e nos encorajando a cada nova semana. Essa obra é para louvor e glória do nome dEle.
- Pedimos a Deus que nos conceda cada vez mais ânimo, responsabilidade e determinação, visto que este trabalho deve ser de longo fôlego, já que a cada ano chegam mais e mais
universitários estrangeiros à cidade de São Carlos. - Pedimos que a nossa proposta seja bem compreendida, tanto por parte da universidade, quanto por parte dos alunos, e para que nós consigamos continuar dando as aulas sem dificuldades
burocráticas. - Pedimos pela capacitação na parte exclusivamente “técnica” de explicar e ensinar bem nossa riquíssima e complexa língua portuguesa.
- Pedimos por mais voluntários dispostos, para que possamos atender a um bom número de estudantes.
- Pedimos pelos alunos! Eles são de diferentes países e culturas (Colômbia, Peru, Espanha, Paquistão, França, entre outros) e não sabemos qual a familiaridade deles com textos da Bíblia.
- Pedimos a Deus que, por meio desses simples textos, a Semente venha a encontrar boa terra e estes alunos conheçam nosso maravilhoso Deus.