Na década de 1970 a Aliança Bíblica Universitária do Brasil passou por um momento quase sem assessores. Três obreiros eram responsáveis por acompanhar os grupos de todo o país. No relato “Encarnando a Palavra Libertadora”, Neuza Itioka conta:
“Quase a metade do Brasil ficaria nas mãos da Secretária Executiva, a partir de agosto de 1972. Então os estudantes universitários foram desafiados a assumir a sua responsabilidade. (…) Na despedida de Manfredo Loitzenbauer, no próprio Curso de Férias de Rio Bonito, o desafio foi feito: ‘Ou a ABUB regride ou vocês estudantes vão tomar responsabilidade com o obra da nossa terra.'”
As páginas seguintes do livro contam algumas crises, conflitos que inclusive chegaram a questionar as Bases de Fé. Mas o desafio de assumir a obra missionária estudantil foi feito, Deus cuidou da missão e o movimento foi transformado:
“O período de 1973 a 1975 foi caracterizado com a expansão em número de grupos e de assessores. No fim de 1972 havia 26 cidades sediando o movimento da ABU e no final de 1975, 45! Em 1972 os núcleos de estudos bíblicos que funcionavam nas dependências das faculdades não passavam de 20 e no fim de 1975, havia mais de 120 núcleos nas faculdades. O número de assessores também foi acrescido; de três assessores e mais ou menos seis assessores auxiliares, no final de 1975 o número subiu para 19 assessores e 11 assessores auxiliares.”
A partir de Filipenses, neste mês de junho estamos lembrando da nossa história ao celebrarmos 60 anos da missão estudantil no nosso encontro. E olhando pelo retrovisor, queremos acertar nossa direção na estrada que temos adiante. Ore conosco:
Pai nosso, que estás no céu!
Queremos lhe agradecer pelas seis décadas de missão entre os estudantes no Brasil. Com alegria, somos gratos pela sua fidelidade, sustento e direção por todos estes anos.
Lembramos felizes de todos aqueles que cooperaram com o evangelho (Filipenses 1:3-6) e serviram à sua obra através da ABUB, e pedimos que lhes abençoe e aumente seu amor (1:9-11), para que continuem brilhando como estrelas neste mundo (2:14-16).
Agradecemos, Senhor, pelas bênçãos e também pelas dificuldades, que sempre nos ensinam. Que possamos continuar levando mais pessoas a Cristo Jesus, apesar de nossos pecados, e possamos crescer como um só corpo (2:1-4), cuidando sempre uns dos outros. Os universitários cuidando dos secundaristas, os secundaristas dos profissionais, os profissionais dos assessores, os assessores dos diretores, os diretores dos universitários, etc: uns aos outros, todos nós.
Pai querido, siga nos ensinando através da nossa história antiga e recente, que ela seja fonte de aprendizagens e de esperança. Ao vermos sua constante fidelidade, ao conhecermos as histórias de vidas transformadas, ao encararmos os erros cometidos.
E, tratando-se das nossas falhas, que possamos esquecer das coisas que ficam para trás e seguir adiante prosseguindo para o alvo (3:12-14) conforme os sonhos de Deus para a missão estudantil. Que os seus sonhos possam abastecer nossos sonhos, especialmente agora através daqueles estudantes que estão escrevendo e apresentarão no Encontro de 60 anos uma carta com nossa perspectiva futura.
Ajude-nos a ficarmos alegres sempre no Senhor (4:4-7), que nossa amabilidade seja conhecida por todos onde houver grupos de ABS, ABU e ABP. Ajude-nos a não andarmos ansiosos, mas a lembrarmos que podemos apresentar nossos pedidos a você, Deus querido, o sustentador e Senhor dessa missão.
Guia-nos enquanto olhamos no retrovisor destes 60 anos, para que possamos ver todas as histórias necessárias para acertarmos a estrada à frente de acordo com o seu mapa.
Que a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guarde o nosso coração e mente em Cristo Jesus. Amém.