E
A grande troca
Discuta
Até que ponto você concorda com essa descrição da humanidade?
Alexander Solzhenitsyn, romancista russo e ativista dos direitos humanos, considerou a hipotética possibilidade de libertar o mundo das pessoas más. Ele eventualmente chegou à conclusão de que isso seria impossível: “A linha que divide o bem do mal cruza o coração de cada ser humano. E quem está disposto a destruir um pedaço do seu próprio coração?”
Jesus está de frente a um governador romano, encarando a sentença de morte por acusações forjadas. A multidão hostil pede que seja crucificado. Ainda assim, ele recusa defender-se. Por quê?
As perguntas abaixo estão todas no seu caderno do Descubra. Confira a página #.
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Contexto Histórico
Os líderes religiosos estavam decididos a sentenciar Jesus à morte por blasfêmia, porque ele reivindicava ser o salvador divino do mundo. Uma oportunidade surgiu quando Judas, um de seus discípulos, concordou em traí-lo. Horas antes do seu julgamento, Jesus foi preso e falsas evidências foram fabricadas para condená-lo. Somente as autoridades romanas vigentes podiam infligir a pena de morte, então o governador romano Pôncio Pilatos precisava ser persuadido da culpa de Jesus.
Os líderes religiosos sabiam que Pilatos não tinha interesse em ser arrastado para a briga religiosa deles. Com o objetivo de assegurar a condenação de Jesus, eles tentaram persuadir Pilatos de que o pregador da Galileia deveria ser executado por causa de traição.
Então Pilatos mandou açoitar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele. Vestiram-no com uma capa de púrpura, e, chegando-se a ele, diziam: “Salve, rei dos judeus!” E batiam-lhe no rosto. Mais uma vez, Pilatos saiu e disse aos judeus: “Vejam, eu o estou trazendo a vocês, para que saibam que não acho nele motivo algum de acusação”. Quando Jesus veio para fora, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura, disse-lhes Pilatos: “Eis o homem!” Ao vê-lo, os chefes dos sacerdotes e os guardas gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Mas Pilatos respondeu: “Levem-no vocês e crucifiquem-no. Quanto a mim, não encontro base para acusá-lo”. Os judeus insistiram: “Temos uma lei e, de acordo com essa lei, ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus”. Ao ouvir isso, Pilatos ficou ainda mais amedrontado e voltou para dentro do palácio. Então perguntou a Jesus: “De onde você vem?”, mas Jesus não lhe deu resposta. “Você se nega a falar comigo?”, disse Pilatos. “Não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?” Jesus respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre mim se esta não te fosse dada de cima. Por isso, aquele que me entregou a ti é culpado de um pecado maior”. Daí em diante Pilatos procurou libertar Jesus, mas os judeus gritavam: “Se deixares esse homem livre, não és amigo de César. Quem se diz rei opõe-se a César”. Ao ouvir isso, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se na cadeira de juiz, num lugar conhecido como Pavimento de Pedra (que em aramaico é Gábata). Era o Dia da Preparação na semana da Páscoa, por volta das seis horas da manhã. “Eis o rei de vocês”, disse Pilatos aos judeus. Mas eles gritaram: “Mata! Mata! Crucifica-o!” “Devo crucificar o rei de vocês?”, perguntou Pilatos. “Não temos rei, senão César”, responderam os chefes dos sacerdotes. Finalmente Pilatos o entregou a eles para ser crucificado.
1
Descreva a atitude dos soldados em relação a Jesus. Por que eles zombavam dele?
2
O que Pilatos enfatizou a respeito de Jesus como resultado do seu interrogatório nos versículos 4, 6 e 12?
3
Por que Pilatos ficou com medo quando ouviu as acusações trazidas contra Jesus nos versículos 7-8?
4
Jesus está diante de um homem que tinha o poder de executá-lo. O que chama a sua atenção sobre o diálogo entre Pilatos e Jesus nos versículos 9-11?
5
Leia os versículos 12-16. Pilatos esperava libertar Jesus. Como os líderes religiosos finalmente conseguiram persuadir Pilatos a sentenciar Jesus à morte?
6
Jesus foi interrogado, zombado e espancado. Ele foi forçado a carregar sua cruz pelas ruas lotadas de Jerusalém. Como você acha que estava a condição física dele?
Em um pequeno trecho, João nos conta que Jesus foi crucificado. Mas a crucificação era uma das punições mais horríveis que se poderia imaginar. Era usada como a última intimidação para uma rebelião contra Roma. Avisos com as razões da crucificação eram pregados acima daqueles que estavam sendo executados. A lei judaica aumentava a humilhação da crucificação ao afirmar que qualquer um que fosse morto dessa maneira seria considerado maldito por Deus.
7
Perto da cruz estavam a mãe de Jesus e alguns seguidores (versículos 25-27). O que você acha que eles estavam sentindo? O que pensavam a respeito da afirmação de Jesus sobre ser o salvador divino e sobre sua oferta de vida?
8
Tudo sugere que Jesus está totalmente arruinado. No entanto, quais dicas o narrador dá de que Jesus acredita que ainda está no controle (veja os versículos 28 e 30)?
À medida que João reporta os eventos da crucificação de Jesus, ele continuamente se referia ao cumprimento das predições do Antigo Testamento do que iria acontecer ao Messias. Isaías (que escreveu em 700 a.C.) descreveu o que iria acontecer e o que isso significaria para o mundo:
“Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Todos nós, como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.” (Isaías 53:3-6, NVI)
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Como essas palavras refletem o que Jesus estava vivendo? De acordo com Isaías, qual o problema que o Messias vem enfrentar? Como ele iria alcançar isso?
Antes de morrer, Jesus disse: “Tenho sede”. No Evangelho de João, sede é uma metáfora para a nossa separação de Deus por causa do nosso pecado. Nesse ponto, Jesus estava vivenciando o julgamento de Deus, mas não pelos seus próprios pecados. Ele era inocente, como Pilatos disse de novo e de novo. A punição pela separação e morte que merecemos estavam sendo postas sobre Jesus para que possamos ter paz com Deus.
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Em seu último suspiro, Jesus gritou: "Está consumado!". O que você acha que Jesus acreditava alcançar com sua morte na cruz?
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Nicodemos, um notável professor religioso, ungiu o corpo de Jesus com uma grande quantidade de especiarias. Tal quantidade era reservada para os reis. Por que é tão surpreendente que Nicodemos desejava dar a Jesus tal sepultamento?
E aí, o que isso significa para nós?
O autor Timothy Keller compreende que a crucificação é o elemento único do cristianismo, em que Jesus ocupa o nosso lugar. Ele é inocente, mas carrega em sua própria morte o julgamento de Deus pelos nossos pecados, sendo dessa forma o salvador do mundo.
Keller escreve: “Os fundadores de qualquer outra grande religião vieram essencialmente como mestres, não como salvadores. Eles vieram para dizer: ‘Faça isso e você irá encontrar o divino’. Mas Jesus veio essencialmente como salvador em vez de mestre (embora ele também fosse). Jesus diz ‘Eu sou o divino que vem a vocês, para fazer o que vocês não poderiam fazer por vocês mesmos’. A mensagem cristã é que nós somos salvos não por causa do nosso histórico, mas por causa do de Cristo”.
Dado o que você aprendeu sobre a morte de Jesus, Timothy Keller está certo? A salvação é a essência da cruz, na qual Deus paga o preço que deveríamos ter pago?
Abaixo você pode conferir os próximos estudos e continuar de forma online os ensinamentos de Descubra João.
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